sábado, 12 de abril de 2008

Vamos meditar um pouco? por Claus Haas

Ultimamente somos bombardeados, dos primeiros instantes do dia até os minutos antes de adormecer, com centenas de milhares de estímulos diferentes. Há quem diga que em um jornal diário encontram-se mais informações do que uma pessoa assimilava durante toda a vida há algumas décadas.
Este excesso de informação gera uma intensa dispersão mental. A todo momento, nossa mente deriva para alguma novidade. Isto promove, inegavelmente, stress. A tal ponto que dezenas de patologias sejam associadas a ele e a falta de se “desligar” um pouco. Não um desligar no sentido de dormir ou apagar. Mas se desligar deste turbilhão de estímulos variados. Se abstrair de todas estas dispersões.
Se damos atenção para tudo o que vem de fora, para todos estímulos externos, nos esquecemos do que realmente somos. Deixamos de nos perceber a nós mesmos para se observar com a ótica e o julgamento daqueles que nos observam. A conseqüência disto é a perda da auto-estima e todos efeitos que advém desta perda, chegando até o ponto de se transforma em uma depressão.
Para combater isto há milhares de pessoas que utilizam técnicas de meditação. Na verdade, intuição linear é a melhor definição para esta técnica. Meditar, como técnica, significa parar de pensar. É a parada das ondas mentais, ou instabilidades mentais. E quando param, há vazão para o aflorar de um estado de consciência mais sutil e mais amplo, a intuição linear, a meditação.
No estado de consciência da meditação o conhecimento flui de dentro para fora. E não o contrário, como estamos acostumados. Um conhecimento puro, que não necessita de análises ou confirmações, já que não resulta de algo prévio. Não é a toa que altos executivos utilizam estas técnicas para definir o rumo de suas empresas. Por que procurar fora o que já está guardado dentro? Basta olhar, basta observar.
Enfim, para que a meditação flua mais facilmente, ter um corpo forte, saudável e resistente faz grande diferença. Sem isso, usar a técnica da meditação seria como fortalecer a musculatura de um braço e abandonar o restante do corpo. Através das técnicas do Yôga Antigo, este fortalecimento é facilmente conquistado. Inclusive, os oito feixes de técnicas que fazem parte de sua prática ortodoxa se encerram justamente coroados pela meditação!

2 comentários:

Tamara Queiroz disse...

Como nos ensina a Música: passamos para outro tom.

Anônimo disse...

Simples e direto, o texto no mostra ao mesmo tempo a simplicidade e a magnitude da meditação. Parabéns!!!