sábado, 12 de abril de 2008

Meio Tempo por Karin Raduan

Antes de borboletar
Fui aprisionada neste invólucro
Para me abster do tão óbvio
Desenhado nestas asas

Que a loucura convencional
Ocupe seu devido lugar
E que no cerne destas águas
Tenha menos que brotar

Quem cutuca meu casulo?
Se ainda não é hora de voar
Hora de nascer e de esperar
Crisálidas são como flor

Mal me quer bem me quer
Fui como pétalas de margarida
Apenas duas... bem me quer?
Só o calor de minh’asas !

Um comentário:

Tamara Queiroz disse...

A-DO-RO o verbo borboletar...!