segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Ar

Quero as pontas dos teus cabelos nos meus ombros. E aquelas provocações nossas. E a tensão no ar que nossas peles produzem. Uma eletricidade estática como um iman gigante. E sabemos que é inevitável. Mais vale logo entregar-se. E os choques transformam-se em fogo, que logo viram ondas.

E as forças da natureza manifestam-se em nós. Levam, encantam e fazem música, fazem arte. E um alívio invade-me ao tocar teus lábios. Como uma sede de anos que o corpo já disfarçava. E cada poro abre-se para perceber-te melhor. É uma delicadeza com toques de loucura, são toques com um delicado louco. Do nosso jeito.

O ápice de uma sinfonia, uma erupção no seu ponto alto. E beleza, e espontaneidade. É um sem pensar. E um manifestar a consciência através e pelo outro.

Desejo-te. Entrego-me. E vou fundo dentro de ti. Atrás do que escondes de todos os outros. Com uma força, que nem sei se é minha. Mas corre através de mim. E essa força te quer. Quer ser tua, quer unir-nos. E simplesmente atravessa-me e leva-me para teu calor, para teus gemidos. E olho nos teus olhos e sinto nossas conexões, sinto teus movimentos mais sutis, mais profundos. E como se asas tivesse, elas te abraçam e faço tudo para estar mais próximo, para ser mais teu!

Um comentário:

Tamara Queiroz disse...

Magnetismo mimetizado!

Coisa boa: ler-te é estar um pouco contigo.

Beijos meus