sábado, 20 de março de 2010

Um passeio pela cité.


Será possível estar conectado com o mundo de forma tão profunda que nada mais surpreende?

E não tornar isso uma contradição com a capacidade de encantar-se com tudo?
É isso liberdade?

Assim não admiro o que é suposto e sim o que acho mesmo lindo?
O que construo com essa tentativa de não ser igual?

É mesmo uma tentativa?
É assim tão difícil?

É melhor?
Solitário?

Algumas vezes temos tudo nas mãos e perdemos a oportunidade.
Estávamos mais atentos às mãos?

Não sou nenhum deles.

Tenho sangue de todos e não os pertenço.
E por segundos pensei estar tão perdido em meus costumes que não conseguia admirar o diferente.

E uns traços me salvaram!

E viajar, mais do que mostrar-me que as pessoas de outros países são diferentes ensina-me que cada pessoa ao meu lado é única. E se ainda não percebi isso é porque ainda não prestei suficiente atenção.
Elas são lindas e universos inteiros.

Nós ansiamos por conhecer o universo. E cada pessoa ao nosso lado é um universo pedindo para ser visitado e desperdiçamos oportunidades. Por não sabermos ouvir, por não sabermos olhar.
E tudo pode ser visto a olho nú. Sem necessidades de equipamentos ou conhecimentos especiais.

Só se precisa de vontade!

Pode ser tão belo ouvir alguém falar sobre si mesmo. Sobre seus sonhos e vontades.
E mais tocante ainda é ver aquilo que a pessoa mostra a poucos escolhidos. E talvez algo que ela mesma desconheça. E ajudá-la a dividir tesouros e riquezas com outros.
E imaginar que num futuro próximo todos dividiremos nossas belezas.
Mas não numa ansiedade de mostrá-la, mas sim através de um intercâmbio mágico e multilateral.

Quase que sem palavras, totalmente sem fingimentos, sem tentativas de parecer algo que não somos.
Nós mesmos, melhores do que agora, sem nossas limitações, sem nossos medos.
Com a consciência de que sou único mas conectado com outros.

Assim como as células do meu corpo, que são únicas, mas funcionam numa perfeita coexistência de contribuição, enriquecimento; Numa dança de vida.

Quero mesmo pensar que sou capaz. Quero mesmo pensar que você é capaz.

E nos encontramos lá.

2 comentários:

Luísa Sargento disse...

...

Thiago Duarte disse...

Luísa linda, Não percebi nada! Beijo para ti.