sábado, 18 de outubro de 2008

Tento agarrar. E me soltar.

E esfrego a janela , como se estivesse tirando a sujeira de mim. Aumento o som para não ouvir meus pensamentos.

Está tudo tão claro. Ou será que só complico algo simples? Talvez não haja nada para saber.

Nada a limpar. Escrevo sem querer um público. É possível? Vontade de esconder que, às vezes, tenho algo a esconder.

Não quero possuir. Não me agrada. Desejo entender. Encanta-me.

É a liberdade ou o carinho que assusta? Façamos um trato. Depois, se tudo for como as pessoas querem, façamos um contrato. Prestar atenção nas próprias vontades é poesia.

É o que querem que eu acredite.
Mas para mim o primeiro passo para não respeitar os demais é não respeitar a mim mesmo.

5 comentários:

A Autora disse...

Nossa que liiindo!!! Gostaria de ter escrito, mas tb não me vale possuir e te entendo numa sintonia, sinfonia, fina, sem palavras e cheia de reciprocidades....tuas palavras escondidas escancararam uma palavra minha..obrigada!! por tão belo e singelo texto
concordo plenamente que poesia é antes d tudo saber-se, querer-se e portanto assumir-se
meu beijo
PS: estou fazendo formaçãoe em breve serei sua colega de profissão...nao vejo a hora
Carol Montone

Tamara Queiroz disse...

É a liberdade que salta profundo...

Karin Raduan disse...

E que pode ser lido de trás para frente, do meio adiante, aos pedaços, espelhado, por inteiro. Cada parte um verso próprio. Contexto de parte do próprio texto. Perfeito. O Thi é assim.

beijos.

Thiago Duarte disse...

Esse texto ainda me machuca um tanto mesmo tendo sido escrito a um tempo. Até me surpreeendeu um pouco as pessoas gostarem dele. Mas machuca porque é verdadeiro. E por isso é bonito

Thiago Duarte disse...
Este comentário foi removido pelo autor.