domingo, 25 de outubro de 2009

A vida pede!


Estou a caminhar com umas pedras de granizo na mão. A admirar a vida, a perceber umas forças.
Vejo uma ave enorme a atacar um grupo de aves menores.
Amo o simples e quero mais.
Meus olhos ficam atentos a todos os detalhes da rua.
O céu é meticulosamente desenhado para ser inspirador e belo.

É a vida a pedir para ser.

E caminho procurando algo para admirar.
Vejo um gato a ensinar os filhotes a andar em muros. Será que gatos ensinam isso? Qual deve ser a média para passar de ano?
Vejo o cimento quebrado e um ramo a sair da fenda. E faço estórias na cabeça, com o ramo a empurrar e quebrar sozinho o chão. Precisa mesmo respirar.
Quer nos ensinar a querer menos.

É a vida a pedir para sair.

Quer derrotar o cinza feio. Quer ensinar-nos a querer mais. Ensinar-nos a olhar e fechar a boca por uns instantes.
Recolho todas as belezas lá dentro de mim. E penso nas quais vou dividir com quem.
E com respeito a minha vontade ou não, o que vejo se instala em mim. E me enriquece, me distrai, me melhora.
Depois tropeço e penso: Puxa, mas estava tão charmoso meu momento.

Pronto, já cheguei em casa. E esqueci a chave.
Vou ter que incomodar o pessoal.

É a vida a pedir para entrar.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Conheci o DeRose


Conheci o DeRose

Quando entrei na Escola de São Bernardo, representante do Método DeRose pensei: - Venho aqui duas vezes por semana e está bom!

Aos poucos travei contato com pessoas lindas, cultas e interessantes. Juntava-se um grupo com pessoas de 17, 25, 37, 43 e 60 anos, advogados, arquitetos, músicos, surfistas, procuradores e conversávamos de igual para igual. As diferenças enriqueciam as ideias e encantavam umas às outras.

Logo percebi mudanças em meu corpo, em meu ânimo, no desempenho no basketball. Percebi que finalmente tinha as ferramentas para trazer à tona tudo o que eu havia sonhado ser.

...

Agora, dez anos depois, após centenas de cursos, jantares e longos papos com o Mestrão já estou totalmente mergulhado na Nossa Cultura.

Pensando sobre como conheci o DeRose percebi que fiz isso quando entrei naquela sala e já comecei a me identificar com aquelas pessoas, aquele lugar, com a amizade, o carinho, o companheirismo e o senso de missão no olhar de cada uma.

DeRose extrapolou a pessoa. Através da herança cultural que ele nos trouxe, que influencia cada minuto do meu dia. Seus ensinamentos são sensíveis e avassaladores. Transformam e sublimam. E ultrapassam quaisquer limites, classificações ou padrões que o empobreceriam se tentassem mesmo enquadrá-los.

Hoje ao nos encantar com a decoração de uma das nossas escolas, ao admirar uma realização de um companheiro, ao perder o ar com uma coreografia estamos conhecendo o DeRose e a visão de mundo que ele nos transmite.

Vejo mais e mais o DeRose quando vou para um lugar conhecido e as pessoas são lindas, amigas e prestativas porque vêem a medalha que carrego ao peito. Conheço-o quando penso no que posso fazer para contribuir com uma pessoa que nunca vi, pois temos um propósito em comum.

Sinto que travo mais contato com a grande mente que ele é, quando através das técnicas da Nossa Filosofia descubro algo sobre mim. Em algumas vezes algo lindo, noutras, um detalhe que preciso mudar.

Sei quem é o DeRose quando extrapolo um limite, quando respeito uma emoção, quando supero um problema. E quando sei olhar toda a beleza de uma brisa que acaricia meu corpo.

Sei que o desvendo quando realizo muito no meu trabalho, quando toco contrabaixo de forma inspirada, quando dou uma aula que transforma as pessoas. Quando amo cada minuto do meu dia.
E quando sinto uma tristeza e sei que ela faz parte de mim, e nem a lamento. Sei que é uma energia a ensinar-me algo. E consigo ver a semente do bem que me abalou. E Sorrio.

Encontro o DeRose enquanto me conheço, enquanto aprendo a gostar mais de mim. Nos momentos em que aprendo a respeitar as pessoas, a não me impor. A defender meus ideais e aquilo no que acredito.

Conheço o DeRose quando o vejo sorrir. E sinto o olhar dele ensinando. Conhecê-lo e também identificar-se com sua mensagem, com suas palavras e com seu amor pela humanidade. E ouvir e assimilar o conhecimento transbordante que ele transmite. e saber-se privilegiado por tê-lo escolhido, como amigo, como supervisor e como Mestre.